segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Distância...


Queria abrir a janela de apenas um dia do meu passado, queria o aroma da inocência de novo em minha pele. Queria a ternura da chuva mansa, escorrendo até minha boca, e o gosto das frutas orvalhadas... Mas eu queria mesmo era distanciar a lembrança de qualquer saudade que reluta em minha demência bipolar. Na verdade sou feliz! Mas as luas de minha vida, as vezes renascem de minha gótica vitrine.  Esvaindo o brilho de meu sol, então surgem eclipses de neutros momentos sem respostas, sem segundos, sem chão. Só distância e distância...

3 comentários:

Kropotkin disse...

Poxa,além de tocar, tá mostrando as artes que faz com as letras.Vou acompanhando aqui o teu despejar de percepções, lembranças e idéias que vão falando por meio dessas linhas todas!

Tubaína disse...

tenho certeza que este é o momento certo para revelar mais este dom.. você não faz nada por acaso, e não seria diferente agora...
suas palavras vão tocar como sua música... ansiosos...

Ivair André disse...

Belo texto. Há vários costumes da minha infância que eu sinto falta, principalmente da inocência e dos vícios infantis. Mas como nos disse São Paulo, em sua carta aos coríntios: "quando criança, pensava como tal. Mas logo, tornei-me adulto e deixei o que era de menino".
Mesmo assim, em alguns momentos, gostaria de voltar a ser garoto.
Sucesso maestro.