Queria abrir a janela de apenas um dia do meu passado,
queria o aroma da inocência de novo em minha pele. Queria a ternura da chuva
mansa, escorrendo até minha boca, e o gosto das frutas orvalhadas... Mas eu
queria mesmo era distanciar a lembrança de qualquer saudade que reluta em minha
demência bipolar. Na verdade sou feliz! Mas as luas de minha vida, as vezes
renascem de minha gótica vitrine.
Esvaindo o brilho de meu sol, então surgem eclipses de neutros momentos
sem respostas, sem segundos, sem chão. Só distância e distância...
3 comentários:
Poxa,além de tocar, tá mostrando as artes que faz com as letras.Vou acompanhando aqui o teu despejar de percepções, lembranças e idéias que vão falando por meio dessas linhas todas!
tenho certeza que este é o momento certo para revelar mais este dom.. você não faz nada por acaso, e não seria diferente agora...
suas palavras vão tocar como sua música... ansiosos...
Belo texto. Há vários costumes da minha infância que eu sinto falta, principalmente da inocência e dos vícios infantis. Mas como nos disse São Paulo, em sua carta aos coríntios: "quando criança, pensava como tal. Mas logo, tornei-me adulto e deixei o que era de menino".
Mesmo assim, em alguns momentos, gostaria de voltar a ser garoto.
Sucesso maestro.
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